segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Argumentação e linguagem

TP6- Argumentação e linguagem (19/9/09)

Oficina I
Selecionar em revistas um ou vários textos publicitários.
Interpretar o texto:A quem ele se destina? Do que pretende convencer? Como faz isso?
Escrever um texto argumentativo que tenha os mesmos objetivos do texto publicitário.

Oficina II
Escolha uma das opções de ARGUMENTO e outra de CONCLUSÃO abaixo para dar continuidade à argumentação do texto (adaptado de www.cienciahoje.uol.com.br-29/10/2003).

A dor dele está doendo em mim

Filósofos da consciência gostam de argumentar que é impossível conhecer em primeira mão o que outra pessoa sente.Cada um conhece seus sentimentos, claro.Mas para saber o que se passa na cabeça dos outros, o único jeito seria esperar para ouvir uma versão em palavras.
Só faltou explicarem isso ao cérebro.A simples possibilidade de dor alheia, muito antes de ser confirmada pelas palavras de quem sofre, já é suficiente para disparar no cérebro uma série de reações que têm tudo para ser a base fisiológica da empatia: a capacidade de se colocar no lugar dos outros e "sentir o que eles estão sentindo".

Argumento
(a)Um estudo do Instituto de Neurologia do University College de Londres, Inglaterra, publicado na revista Science, mostra o que acontecia no cérebro de 16 mulheres deitada em um aparelho de ressonância magnética funcional enquanto seus maridos, sentados ao lado, recebiam um choque elétrico doloroso nas costas da mão.

(b)Pesquisas realizadas em animais e seres humanos indicam que as células do cérebro são desenvolvidas a partir de células-tronco capazes de regenerar órgãos com tecidos lesionados ou destruídos.

(c)Pesquisadores coletaram 242 óvulos de dezesseis mulheres, esvaziaram seu núcleo e introduziram no lugar o material genético de uma célula adulta retirada da pele de seu marido; depois simularam o efeito do choque elétrico e registraram as reações em computador.

CONCLUSÃO

(a)Os resultados mostraram que a técnica funciona na maioria dos casos, mas quando os resmungos começam a ser mais insistentes, os pacientes não alteram a representação de seu estado emocional diante do sofrimento alheio.

(b)A descoberta apoia diretamente uma teoria que propõe que observar ou mesmo imaginar uma pessoa em certo estado emocional ativa automaticamente a representação daquele estado no cérebro do observador.

(c)Se os estudos forem continuados, mostram que a capacidade de transferência de células cerebrais traz como consequência o desenvolvimento da empatia, a capacidade de cada um conhecer seus próprios sentimentos.

Socialização:
O argumento(a) e a conclusão (b) tornam a argumentação incoerente.
Justificativa:argumentos (b) e (c) não são compatíveis com a tese.As conclusões (a) e (c) não decorrem do experimento relatado.

Importante:
Uma boa argumentação depende , primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos; todos devem conduzir para o mesmo objetivo.

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